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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Análise das Demonstraçãoes Financeiras por Warren Buffet - 1

A postagem que segue mostrará algumas passagens do livro "Warren Buffet e a análise de Balanços", escrito por Mary Buffet e David Clark, da Editora Sextante. Recomendo a leitura do livro, ele dá uma visão distinta das que encontramos nas demais obras sobre análise de demonstrações financeiras, mostra a visão de um investidor e não de um contador.

Basicamente, a premissa fundamental do Buffet é conseguir identificar empresas com vantagens competitivas duráveis em longo prazo através dos relatórios finaceiros das mesmas. Ressalto que Warren Buffet é um dos maiores investidores do mercado global, sendo considerado o homem mais rico do mundo por diversos anos.

Neste primeiro post, colocarei alguns pontos sobre o Balanço Patrimonial e, em outro post, sobre a DRE e DFC.


Seguem os tópicos:


• Caixa e investimento de curto prazo

“Um teste simples para verificar exatamente o que está gerando todo o ativo disponível é fazer a análise dos balanços patrimoniais dos últimos sete anos. Isso revelará se o ativo disponível acumulado foi criado por um evento único – tal como a venda de novos títulos ou ações, ou a venda de um ativo ou negócio existente -, ou se foi gerado por operações comerciais em curso. Se virmos um monte de dívidas, provavelmente não estaremos lidando com uma empresa excepcional. Mas, se virmos um monte de ativos disponíveis se acumulando, pouca ou nenhuma dívida, e nenhuma venda de ações ou ativos, e além disso notarmos também um histórico de lucro constante, provavelmente estaremos diante de uma companhia excelente com a vantagem competitiva durável que Buffet está procurando”;


• Estoques

“Ao tentar identificar uma companhia fabril com uma vantagem competitiva durável, procure um estoque e um lucro líquido que estão constantemente em aumento. Isso indica que ela está encontrando maneiras rentáveis de aumentar as vendas, e esse aumento exigiu um aumento do estoque para que ela pudesse satisfazer seus pedidos em tempo”;


• Contas a receber

“Se uma empresa está constantemente mostrando uma porcentagem mais baixa de Contas a Receber em relação às Vendas Brutas do que suas concorrentes, geralmente é porque ela tem a seu favor algum tipo de vantagem competitiva que as outras não têm”;


• Índice de Liquidez

"Há muita companhia com uma vantagem competitiva durável que apresenta coeficiente de liquidez inferior a 1. O que acontece é que seu poder de geração de lucro é tão forte que elas podem facilmente cobrir seu passivo circulante. Elas criam essa anomalia que torna esse coeficiente quase inútil para que possamos identificar se uma empresa tem ou não vantagem competitiva durável";


• Imobilizado

“Companhias que não têm uma vantagem competitiva de longo prazo enfrentam concorrência constante o que significa que elas precisam o tempo todo aprimorar suas instalações fabris para tentarem se manter competitivas, muitas vezes antes que os equipamentos estejam desgastados";

"Como Buffet costuma dizer, fabricar um produto consistente, que não precisa mudar, significa ter lucro constante. Um produto sólido, como a goma de mascar, significa que você não precisa gastar montes de dinheiro modernizando seu ativo imobilizado só para se manter competitivo, o que libera muito dinheiro para outros empreendimentos rentáveis”;


• Passivo curto prazo

“A taxa de juros de empréstimos a curto prazo é mais barata que a de longo prazo, porém nem sempre é vantajoso para empresa contrair empréstimos a curto prazo e emprestá-los a longo prazo. Os credores podem cortar a liberação dos empréstimos e começar a cobrar o que já foi liberado, causando um sufoco financeiro na empresa. A maneira mais inteligente e segura de ganhar dinheiro no setor bancário é tomar emprestado a longo prazo e conceder empréstimos de longo prazo”;


• Passivo longo prazo

“Empresas com muitas dívidas de longo prazo a vencer não possuem vantagem competitiva”;


• Coeficiente de endividamento sobre o PL

“Companhias com vantagens competitivas possuem PL > Passivo. O PL deve ser corrigido pelas ações em tesouraria”;


• Ações preferenciais

“Um dos indicadores que se busca em uma companhia com vantagem competitiva durável é a ausência de ações preferenciais na estrutura do seu capital”;


• Lucro acumulado

“A taxa de crescimento de lucro acumulado de uma empresa é um bom indicador para sabermos se ela está se beneficiando ou não de uma vantagem competitiva durável. Quanto mais lucro a companhia retiver, mais rápido o seu lucro acumulado crescerá, o que, por sua vez aumentará a taxa de crescimento do lucro futuro. Outro macete é investir o lucro retido na compra de companhias que ganhavam ainda mais”;


• Ações em Tesouraria

“A presença de ações em tesouraria no balanço patrimonial e um histórico de recompra de ações são bons indicadores que a empresa em questão tem uma vantagem competitiva durável a seu favor”;


• Alavancagem

“Ao avaliar a qualidade e a durabilidade da vantagem competitiva de uma empresa, Buffet aprendeu a evitar companhias que usam muita alavancagem para gerar lucro. No curto prazo, elas parecem ser a galinha que põe ovos de ouro, mas, no fim das contas, não são. Vide exemplo da crise bancária dos EUA”.



Nota Blogabilidade:

O conteúdo postado mostra única e exclusivamente a posição dos autores do livro, o blog só fez publicar alguns trechos do livro.

Um comentário:

  1. em outro post, sobre a DRE e DFC.

    Bom dia ! não encontro o post acima.

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