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terça-feira, 13 de julho de 2010

IASB x FASB

Blogabilistas,

Gostaria de compartilhar convosco alguns apontamentos interessantes da jornalista Marie Leone (http://www.cfo.com/article.cfm/14505743/c_14508317), discorridos no artigo "GAAP and IFRS: Six degrees of separation", indicando os seis principais tópicos que ainda precisam ser revistos antes da adequação do US GAAP para o padrão IFRS.

Eis os pontos:

1. Correção de erros

De acordo com o IAS 8 não é necessário refazer as demonstrações financeiras em função de erros que não são relevantes ou que representem um custo alto à entidade. O padrão americano, por sua vez, requer sempre a correção das demonstrações financeiras.

2. Fim do UEPS (LIFO)

O método de custeio UEPS (ou LIFO) é proibido no padrão internacional, de acordo com o IAS 2. Dessa forma, qualquer companhia americana que adote este método, terá que abandoná-lo, mudando para outra metodologia e não mais contando com os benefícios fiscais do UEPS.

3. Reversão do impairment

O IAS 36 permite a reversão da perda por imparidade até o seu valor original quando não mais existir razões que justifiquem tal provisão. O US GAAP bane a reversão.

4. Reavaliação de bens

O IAS 16 permite que a entidade reavalie seus bens, sendo que a reavaliação não pode ocorrer para um bem específico e, sim, para toda a classe do bem. O atual padrão contábil americano não permite tal prática.

5. Depreciação

O IAS 16 também permite a depreciação separada de componentes de um mesmo ativo, desde que estes componentes tenham um valor e um uso separável e identificável, distintos do ativo como um todo. O US GAAP não restringe a depreciação distinta para componentes de um mesmo ativo, porém não recomenda.

6. Custos com desenvolvimento de produtos

Baseadas no IAS 18, as companhias têm a permissão de capitalizar os gastos com desenvolvimento de produtos desde que os mesmos atendam os seis critérios de qualificação descritos no normativo. Entretanto, o normativo do FASB entende que estes gastos sejam levados ao resultado assim que incorridos.

No entendimento da jornalista, estas são umas das mais discutidas divergências entre os dois padrões contábeis. A convergência plena ainda está em andamento, uma vez que o IASB e o FASB têm até a metade de 2011 para a revisão de áreas como, por exemplo, instrumentos financeiros, mensuração ao valor justo, arrendamentos mercantis e reconhecimento de receitas.

Consequentemente, os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis ainda podem sofrer alterações, como já ocorreu com o CPC 01. Muita coisa ainda vem por aí, pessoal!

Bom estudo a todos!

Eduardo Varela.

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