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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Brasil lidera apoio a rodízio de auditorias a cada dez anos

Olá Blobabilistas!

O rodízio obrigatório de auditorias provoca um racha não apenas entre auditores e reguladores, mas também no mundo empresarial. Uma pesquisa global feita pela Experian com 2,8 mil companhias, a pedido da Grant Thornton, mostra que exatamente 50% delas se dizem a favor da troca obrigatória da firma de Auditoria a cada dez ou 12 anos, conforme proposta em estudo na União Europeia atualmente.

Isso não significa que a outra metade seja contra. A discordância explícita ficou em 24%, sendo que 18% delas se posicionaram de forma indiferente e 9% não responderam ou não sabem.

Ao todo, 64% das empresas entrevistadas disseram ser a favor de uma maior diversidade no mercado de auditoria, dominado hoje em grande parte pelas chamadas Big Four - PwC, Deloitte, Ernst & Young e KPMG.

Entre os 40 países do levantamento, os dados referentes ao Brasil são os que mostram maior apoio ao rodízio, de 80%. Mas aí cabe uma dúvida, já que a pergunta usada na pesquisa fala em realização do rodízio a cada dez ou 12 anos, enquanto a regra brasileira determina que ele ocorra a cada cinco anos.

Conforma a análise da Grant Thornton, o resultado sugere tanto apoio à prática do rodízio como à extensão do intervalo.

Entre as regiões e países em que a prática do rodízio está sendo discutida ou proposta, existe apoio maior na União Europeia (55%) do que nos EUA (51%).

Segundo a firma de Auditoria que contratou a pesquisa, foram ouvidas 50 companhias em cada um dos cinco países da América Latina participantes - Brasil, Argentina, Chile, México e Peru.

No Brasil, as entrevistas foram feitas com empresas (não clientes da Grant Thornton) que têm entre 50 e 499 empregados e das cidades de São Paulo (70%), Rio (15%) e Porto Alegre (15%).

A pesquisa global permite notar que, entre as medidas discutidas na União Europeia, as sugestões de rodízio obrigatório e Auditoria por duas firmas ao mesmo tempo (51% de apoio) são as duas que encontram mais eco no mundo empresarial.

A proposta de que as firmas de auditorias façam uma cisão de suas divisões de consultoria tem aprovação de apenas 30%, enquanto a criação de restrição adicionais para prestação de Serviços extras para clientes de Auditoria recebeu apoio de 36%.


Avaliação de Ativos lidera problemas de auditoria


Por Emily Chasan | The Wall Street Journal, de Nova York

O grande número: 123. Esse é o número de deficiências das auditorias referentes a problemas de avaliação de Ativos detectadas em 2010 entre os clientes das Big Four do setor de Auditoria global. O grupo se compõe de PwC, Deloitte, KPMG e Ernst & Young.

A Volatilidade do mercado dificultou para as empresas e suas auditorias a avaliação dos Ativos com base nos preços de mercado. Elas muitas vezes tiveram de recorrer a assessores externos para obter uma estimativa. Mas o excesso de dependência nesse tipo de orientação levou a uma alta significativa do número de deficiências de Auditoria citado pelos órgãos reguladores, segundo estudo da companhia de avaliação de empresas Acuitas.

O Conselho de Supervisão Contábil das Companhias Abertas (PCAOB, pelas iniciais em inglês) detectou 123 deficiências de Auditoria referentes às estimativas do valor justo e a baixas contábeis de Ativos (para o valor recuperável) em 2010, o que torna a avaliação dos Ativos o problema mais comum de auditoria, diz a Acuitas. A empresa examinou os relatórios mais recentes de vistoria da entidade de vigilância de Auditoria referentes a 250 auditorias e outras tarefas das quatro grandes.

O PCAOB realiza vistorias anuais das Big Four e examina as auditorias que considera tendentes a serem as mais problemáticas. A entidade fiscalizadora assinala o trabalho como significativamente deficiente se considerar que a empresa não dispõe de provas suficientes para justificar a auditoria; normalmente as empresas conseguem corrigir os problemas.

Das 234 deficiências de Auditoria citadas nos relatórios de vistoria de 2010 sobre as quatro grandes, o conselho encontrou 92 deficiências de valor justo e 31 deficiências relativas a baixa contábil de Ativos para ajuste ao valor recuperável.

Esses números devem ser comparados às 21 deficiências de valor justo e 17 deficiências relativas a baixa contábil de ativos, do total de 72 deficiências detectado em 2009.

"O PCAOB está dizendo que os auditores, em determinadas situações, não fizeram a análise suficiente em termos de projeções da direção, ou não examinaram com o rigor necessário os pressupostos e metodologias que compuseram os modelos usados pelos Serviços corporativos de precificação", disse Mark Zyla, diretor-executivo da Acuitas.
 
Fonte: Valor Econômico

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