Autoridades querem mexer no funcionamento da profissão, especialmente para assegurar a independência e a concorrência.
Os auditores na Europa deverão enfrentar novas regras neste ano, que tentarão deixar seu papel mais claro na esteira da crise financeira internacional, segundo afirmou a principal autoridade de serviços financeiros da União Europeia (UE) na quinta-feira.
O comissário de Mercado Interno da União Europeia, Michel Barnier, disse em conferência em Bruxelas que terão de ser promovidas mudanças na forma como a profissão funciona, especificamente para assegurar sua independência e tornar o mercado por seus serviços mais competitivo.
"O status quo não é mais uma opção", disse ele, sugerindo que a crise abalou a imagem da profissão. "O momento de agir está próximo [...] Farei sugestões com o objetivo de apresentar uma proposta de diretrizes [...] em novembro", afirmou.
Barnier delineou áreas gerais de preocupação, entre as quais o papel dos auditores e até que ponto esse papel deve ir além da tarefa restrita à empresa sendo auditada e seus investidores, estendendo-se também a clientes, funcionários e autoridades reguladoras.
Outro foco deverá ser a independência da profissão. Entre as possíveis formas de avanço nessa área, segundo Barnier, podem ser incluídas restrições ao grau de combinação permitido entre as funções de auditoria e não auditoria que essas empresas detêm; uma rotatividade regular das firmas de auditoria que cuidam das contas de uma empresa; leilões regulares e abertos de concorrência; e um maior papel para as comissões de auditoria das empresas na seleção das empresas de auditoria.
Uma terceira área em análise, acrescentou Barnier, é determinar como possibilitar mais opções no mercado de auditoria, dominado pelas quatro grandes firmas internacionais, Deloitte, PwC, Ernst & Young e KPMG.
Nessa questão, o comissário disse que as ideias apresentadas em resposta ao recente documento para discussão elaborado por Bruxelas trouxeram à luz várias possibilidades.
As opções vão desde determinar um limite para a participação de mercado das grandes firmas de auditoria no trabalho com as empresas de capital aberto até uma auditoria conjunta, em que o trabalho seria divido por duas firmas, com uma delas não sendo necessariamente uma das quatro grandes.
Mike Power, professor de contabilidade na London School of Economics, considerou difícil dizer se as autoridades seguirão adiante com duas das opções mais controversas: a rotatividade obrigatória das empresas de auditoria e os trabalhos conjuntos de auditoria.
As duas ideias provavelmente agradariam ao quarteto de redes de auditores que estão um degrau abaixo das quatro grandes - BDO, RSM, Grant Thornton e Mazars - e que nesta semana tomaram uma medida incomum, fazendo lobby conjunto pela intervenção dos reguladores.
O comissário de Mercado Interno da União Europeia, Michel Barnier, disse em conferência em Bruxelas que terão de ser promovidas mudanças na forma como a profissão funciona, especificamente para assegurar sua independência e tornar o mercado por seus serviços mais competitivo.
"O status quo não é mais uma opção", disse ele, sugerindo que a crise abalou a imagem da profissão. "O momento de agir está próximo [...] Farei sugestões com o objetivo de apresentar uma proposta de diretrizes [...] em novembro", afirmou.
Barnier delineou áreas gerais de preocupação, entre as quais o papel dos auditores e até que ponto esse papel deve ir além da tarefa restrita à empresa sendo auditada e seus investidores, estendendo-se também a clientes, funcionários e autoridades reguladoras.
Outro foco deverá ser a independência da profissão. Entre as possíveis formas de avanço nessa área, segundo Barnier, podem ser incluídas restrições ao grau de combinação permitido entre as funções de auditoria e não auditoria que essas empresas detêm; uma rotatividade regular das firmas de auditoria que cuidam das contas de uma empresa; leilões regulares e abertos de concorrência; e um maior papel para as comissões de auditoria das empresas na seleção das empresas de auditoria.
Uma terceira área em análise, acrescentou Barnier, é determinar como possibilitar mais opções no mercado de auditoria, dominado pelas quatro grandes firmas internacionais, Deloitte, PwC, Ernst & Young e KPMG.
Nessa questão, o comissário disse que as ideias apresentadas em resposta ao recente documento para discussão elaborado por Bruxelas trouxeram à luz várias possibilidades.
As opções vão desde determinar um limite para a participação de mercado das grandes firmas de auditoria no trabalho com as empresas de capital aberto até uma auditoria conjunta, em que o trabalho seria divido por duas firmas, com uma delas não sendo necessariamente uma das quatro grandes.
Mike Power, professor de contabilidade na London School of Economics, considerou difícil dizer se as autoridades seguirão adiante com duas das opções mais controversas: a rotatividade obrigatória das empresas de auditoria e os trabalhos conjuntos de auditoria.
As duas ideias provavelmente agradariam ao quarteto de redes de auditores que estão um degrau abaixo das quatro grandes - BDO, RSM, Grant Thornton e Mazars - e que nesta semana tomaram uma medida incomum, fazendo lobby conjunto pela intervenção dos reguladores.
Fonte: Valor Online
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