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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Contabilidade: suposição educada?

Tradução livre do artigo "Accounting: Educated Guesswork?", do autor David Katz, publicado na CFO Magazine:


Em um dia de Outubro, no Hotel Waldorf Astoria (Nova York), o presidente da Securities and Exchange Commission (SEC) organizou um encontro entre altos executivos financeiros. O presidente argumentou que o que os investidores querem das demonstrações financeiras é muito mais do que informações sobre custo histórico.

Em vez disso, o mesmo afirmou que a contabilidade "deveria ter um objetivo final - evidenciar uma razoável perspectiva da capacidade de geração de ganhos de uma empresa". Em outras palavras, a única razão pela qual os investidores precisam saber sobre o conteúdo das demonstrações financeiras é se elas poderão ajudá-los na previsão da capacidade futura da companhia em fornecer retorno aos seus investimentos.

O que é mais requisitado aos auditores é uma "previsão, uma suposição", comenta o presidente, mas esta deve ser "uma suposição educada". Nesta nossa era pós-crise, o comentário do presidente pode parece chocante.

O que surpreende é que estas mesmas observações foram feitas em 1939, em um discurso do então presidente da SEC, Jerome Frank, no encontro anual do Controller's Institute of America. Neri Bukspan, contador chefe do Standard and Poor's, compartilhou o discurso comigo para ilustrar que os debates atuais já são discutidos desde muito tempo atrás.

De fato. Em uma recente conferência da S&P sobre os assuntos contábeis mais discutidos, o contador chefe da SEC, James Kroeker, disse que muito do trabalho desta Comissão é focado na questão - "Como podemos fazer um melhor trabalho de prestação de informações aos investidores em um mundo incerto?".

Por exemplo, enquanto os atuais modelos focam na contabilização das perdas quando incorridas, "investidores estão procurando informações mais voltadas para o futuro", afirma Kroeker. "Identificar uma perda incorrida pode não ser tão útil quanto saber o que ainda está por vir". Mas, lembrando olhar eloquente sugerido no discurso do Jerome Frank, buscar saber o que está por vir pode ser auxiliado por saber o que se foi pensado no esforço passado.


Fonte: CFO Magazine


Nota Blogabilidade:

Vemos uma abordagem bem clara da Escola Americana - contabilidade volta para a informação. Além disso, ainda notamos a defesa de uma das características mais discutidas no cenário da harmonização atual - a crítica da utilização do modelo de perdas incorridas, defendido pelo IASB.

É claro que a contabilidade se tornou uma ferramenta bem mais importante aos investidores em comparação ao que representava antes, porém devemos sempre, contadores, prezar pelo "subjetivismo responsável".

Fica a reflexão!

Abraço,

Eduardo Varela

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