Nos últimos dias, a expectativa do mercado em torno a divulgação do atrasadíssimo balanço do terceiro trimestre de 2010 do PanAmericano tem agitado a negociação das ações do banco na BM&FBovespa.
Desde que o PanAmericano informou, no dia 14, que os números serão apresentados até o dia 31 de janeiro, próxima segunda-feira, as ações acumulam alta de 29,02%. Boa parte desse ganho foi conquistado em apenas dois pregões - no dia 20, o papel valorizou 10%, e ontem, 9,93%.
O mercado intensificou a especulação a respeito do interesse de outras instituições pelo banco, na expectativa de que alguma negociação possa estar em andamento. Embora analistas e pessoas próximas ao banco destaquem que, sem olhar os números que serão divulgados, é pouco provável o fechamento de algum negócio.
Em novembro do ano passado, veio a público a fraude nas contas do PanAmericano, que levou o banco a acessar um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), concedido ao controlador, o empresário Silvio Santos. Desde então, o mercado considera a possibilidade de venda de ativos do grupo. Mas o empresário, que ganhou três anos de carência para quitar a dívida, no momento está em Miami.
O principal interesse pelo balanço é verificar se o aporte obtido junto ao FGC foi ou não suficiente para cobrir as perdas apresentadas após todas as baixas contábeis. E se surgiram novos problemas. A partir de então será possível calcular como está a relação entre o valor de mercado e o valor contábil do banco e também o que se pode esperar em termos de retorno sobre patrimônio (ROE).
Enquanto isso, investidores estão se posicionando. A oscilação das ações pode ter se intensificado depois de duas movimentações de acionistas. No dia 18, a gestora de recursos Polo Capital Management comunicou o aumento de sua participação em ações preferenciais do banco sem especificar os dias em que foram feitas as compras. A Polo mais que dobrou sua fatia de PNs, de 5,18% para 11,45%. No comunicado, esclareceu que trata-se de um investimento de seus fundos, sem interesse em alterar administração, controle ou regular o funcionamento da companhia. A posição acima de 5% foi formada em setembro, dois meses antes da fraude ser divulgada.
O Valor apurou que a Polo, um fundo que acompanha de perto as empresas que investe e opina no dia a dia de cada uma, tem o desejo de ter um assento no conselho no banco. Claudio Andrade, sócio da Polo, diz que vender o banco neste momento seria "estupidez" e considera, portanto, improvável que qualquer negócio seja fechado.
O PanAmericano nega rumores sobre a venda do banco e não comenta a movimentação das ações.
Um dia depois do comunicado da Polo, foi a vez do fundo americano Capital Research divulgar movimento contrário, embora em movimentação mais tímida. Reduziu sua fatia nas PNs do banco de 5,34% para 4,87%.
"A hora de entrar é agora", afirma Felipe Miranda, analista da Empiricus. "Depois que sair o balanço, todos os analistas que deixaram de cobrir a ação e investidores institucionais voltarão a olhar para o papel." Miranda arrisca um cálculo, considerando que o saneamento seja total: supondo que o patrimônio líquido do banco venha em torno de R$ 1,6 bilhão, mesma cifra apresentada em dezembro de 2009, isso significa que suas ações estão sendo negociadas, hoje, a um preço de 0,7 vez o valor patrimonial. "Isso pode chegar facilmente a 1,2 vez", diz. "Não sei o que vai acontecer com o banco.
Fonte: Valor Econômico
Desde que o PanAmericano informou, no dia 14, que os números serão apresentados até o dia 31 de janeiro, próxima segunda-feira, as ações acumulam alta de 29,02%. Boa parte desse ganho foi conquistado em apenas dois pregões - no dia 20, o papel valorizou 10%, e ontem, 9,93%.
O mercado intensificou a especulação a respeito do interesse de outras instituições pelo banco, na expectativa de que alguma negociação possa estar em andamento. Embora analistas e pessoas próximas ao banco destaquem que, sem olhar os números que serão divulgados, é pouco provável o fechamento de algum negócio.
Em novembro do ano passado, veio a público a fraude nas contas do PanAmericano, que levou o banco a acessar um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), concedido ao controlador, o empresário Silvio Santos. Desde então, o mercado considera a possibilidade de venda de ativos do grupo. Mas o empresário, que ganhou três anos de carência para quitar a dívida, no momento está em Miami.
O principal interesse pelo balanço é verificar se o aporte obtido junto ao FGC foi ou não suficiente para cobrir as perdas apresentadas após todas as baixas contábeis. E se surgiram novos problemas. A partir de então será possível calcular como está a relação entre o valor de mercado e o valor contábil do banco e também o que se pode esperar em termos de retorno sobre patrimônio (ROE).
Enquanto isso, investidores estão se posicionando. A oscilação das ações pode ter se intensificado depois de duas movimentações de acionistas. No dia 18, a gestora de recursos Polo Capital Management comunicou o aumento de sua participação em ações preferenciais do banco sem especificar os dias em que foram feitas as compras. A Polo mais que dobrou sua fatia de PNs, de 5,18% para 11,45%. No comunicado, esclareceu que trata-se de um investimento de seus fundos, sem interesse em alterar administração, controle ou regular o funcionamento da companhia. A posição acima de 5% foi formada em setembro, dois meses antes da fraude ser divulgada.
O Valor apurou que a Polo, um fundo que acompanha de perto as empresas que investe e opina no dia a dia de cada uma, tem o desejo de ter um assento no conselho no banco. Claudio Andrade, sócio da Polo, diz que vender o banco neste momento seria "estupidez" e considera, portanto, improvável que qualquer negócio seja fechado.
O PanAmericano nega rumores sobre a venda do banco e não comenta a movimentação das ações.
Um dia depois do comunicado da Polo, foi a vez do fundo americano Capital Research divulgar movimento contrário, embora em movimentação mais tímida. Reduziu sua fatia nas PNs do banco de 5,34% para 4,87%.
"A hora de entrar é agora", afirma Felipe Miranda, analista da Empiricus. "Depois que sair o balanço, todos os analistas que deixaram de cobrir a ação e investidores institucionais voltarão a olhar para o papel." Miranda arrisca um cálculo, considerando que o saneamento seja total: supondo que o patrimônio líquido do banco venha em torno de R$ 1,6 bilhão, mesma cifra apresentada em dezembro de 2009, isso significa que suas ações estão sendo negociadas, hoje, a um preço de 0,7 vez o valor patrimonial. "Isso pode chegar facilmente a 1,2 vez", diz. "Não sei o que vai acontecer com o banco.
Fonte: Valor Econômico
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