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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Estrategização: O vitalizador da perpetuidade empresarial

Assim como é reconhecida pelo mundo a contribuição da ciência para a ampliação da longevidade do homem, não é desconhecida sua incapacidade para levá-lo à perpetuidade. É, também, sabido, no aspecto do “ciclo de vida”, da semelhança da vida empresarial com a vida humana.

Embora ambas tenham bem caracterizadas as dez fases do ciclo, uma diferença é fundamental e desafiante. Enquanto na vida humana seja ainda impossível preservar as células da perpetuidade, na vida empresarial existem remédios que possibilitam rejuvenescê-las ou substituí-las.

Portanto, a empresa não é obrigada a morrer.

Surgem, então, as perguntas:

a) Porque das empresas que surgem, apenas pouco mais de 5% ultrapassam 5 anos de vida e menos de 1% além de 100 anos?
b) O que faz com que essas sobreviventes centenárias tenham esse privilégio? c) Será possível aumentar esse percentual?
d) O que fazer?
e) Porque não é feito?
f) É milagre?
g) Isto não contrasta com o desenvolvimento tecnológico?

Estes e tantos outros questionamentos poderiam ser feitos. Evidentemente, a resposta não é simples e o remédio depende da situação específica de cada paciente. Todavia, remédios existem que são comuns a todas e fundamentais vitalizadores empresariais. São como as ações ortomoleculares no corpo humano, que interagem em forma sistêmica.

A simplicidade e as limitações da Antiguidade e da Idade Média foram modificadas com a Idade Moderna e profundamente ampliadas na Era Pós-Moderna que, a partir da queda do muro de Berlim, entrou num processo crescente de rompimento das fronteiras, caracterizando a globalização. O mundo começa a ficar plano, tornando as fronteiras políticas e territoriais incapazes de conter o empreendedorismo internacional.

A globalização tem, então, aspectos negativos e positivos. No lado negativo é a pressão que exerce sobre as empresas, levando muitas à sucumbência, principalmente as que não se capacitam para navegar nos mares revoltos. No aspecto positivo, tem-se a facilidade de ampliação das áreas de mercado, a disponibilidade de ferramentas de gestão e operação empresarial, a agilidade da comunicação, benefícios aos clientes e tantas outras vantagens.

Todavia, para as empresas menos atentas à nova realidade, essas oportunidades se convertem em fortes ameaças, ampliando o grau de mortalidade. Aí, então, a competitividade global, que se direciona à competitividade evolutiva, em que o presente e o futuro, em vez de simples repetição ampliada do passado formatam descontinuidade, surpresa e instabilidade, caracterizando-se como forte fator destrutivo.

Excetuando-se os casos de ameaças externas insuperáveis e incontornáveis, a maioria dos casos que levam as empresas ao insucesso poderia ou pode ser superada mediante o uso adequado e oportuno de ferramentas diretivo/gerenciais/operacionais eficazes.

Na Era da Competitividade Evolutiva a Flexibilidade Estratégica – capacidade de perceber e reagir - , associada à criatividade e à inovação, é remédio quase milagroso para a sobrevivência e evolução empresarial. Isto impõe a contínua presença do processo de Estrategização.

Enquanto a estratégia é o “ Processo de definição do uso da competência(recursos) na busca da realização dos objetivos”, isto é, definir o que fazer, implicando saber o que fazer para chegar ao ponto desejado”, o processo que levará ou facilitará essa conquista é a estrategização, que é entendida como “O ajuste antecipado das decisões estratégicas para cobrir, impedir ou reduzir uma brecha estratégica a um nível tolerável. É pensar para agir. É um esquema de perspectiva”.
Evidentemente, a conversão dessa intenção em prática efetiva é que trará a eficácia.

Se estrategizar é o melhor caminho para a saúde empresarial é de se perguntar: Por que a estrategização não é uma prática inserida na cultura de grande número de empresas? Ainda que muitos empresários tenham intuição e habilidade estratégica, quando disseminada, a cultura da estrategização torna-se elemento poderoso e evolutivo porque cada colaborador da empresa ficará antenado para perceber e reagir às oportunidades e ameaças, reduzindo fortemente as brechas estratégicas. Isto tonifica a empresa.

Incutida e disseminada a cultura estratégica, é muito importante manter uma política de reconhecimento, valorização e retribuição, visto que reforçará a motivação e o empenho evolutivo. Portanto, o benefício é recíproco. Essa conquista é possível. Então porque não busca-
lá?

Autor: Humberto Delsasso

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